A sonda Voyager 1 é o objeto feito pelo homem mais distante no espaço. Muito além de plutão, hoje a sonda se encontra na região conhecida como Heliosheath, onde o vento solar se encontra com meio interestelar. Essa distancia equivale a quase 18 bilhões de quilômetros do Sol. A Voyager 1 foi desviada para o norte do sistema solar utilizando a gravidade de Saturno.
Nenhuma outra nave visitou mais planetas do que a Voyager 2, tendo ela visitado Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. A Voyager 2 foi desviada rumo ao sul do sistema solar utilizando a gravidade de Netuno.
Um Pouco da História da Missão Voyager
As naves espaciais gêmeas Voyager 1 e Voyager 2 foram lançadas pela NASA em meses separados no verão de 1977 a partir do Cabo Canaveral na Florida. Foram originalmente desenvolvidas para estudar de perto Júpiter, Saturno e seus anéis, e as maiores luas destes dois planetas.
Para completar sua missão duo planetária, as espaçonaves foram construídas para durar cinco anos. Mas a missão continuou, e rendo realizado com sucesso em todos os seus objetivos, um sobrevoo adicional dos dois planetas mais distantes, Urano e Netuno, se provaram possíveis -- e irresistíveis aos cientistas e engenheiros no lar das Voyagers, no JPL (Jet Propulsion Laboratory, ou Laboratório de Propulsão a Jato) em Pasadena, Califórnia.
Conforme as espaçonaves voavam pelo sistema solar, reprogramação remota foi utilizada para dotar as Voyagers com maiores capacidades do que antes possuíam quando deixaram a Terra. Sua missão duo planetária se tornou tetra. Seu tempo de vida de cinco anos foi esticado para 12, e agora beiram os 30 anos.
Eventualmente, Voyager 1 e 2 iriam explorar todos os planetas gigantes mais distantes no sistema solar, 48 de suas luas, assim como os anéis e campos magnéticos que esses planetas possuem.
Mesmo que a missão Voyager terminasse depois dos sobrevoos sobre Júpiter e Saturno somente, ainda teria provido o material para reescrever os livros sobre astronomia. Mas tendo dobrado o seu já ambicioso itinerário, As Voyagers enviaram para a Terra informações ao passar dos anos que revolucionaram a ciência da astronomia planetária, ajudando a solucionar perguntas chaves enquanto levantava intrigante novas perguntas, sobre a origem e evolução dos planetas em nosso sistema solar.
A missão Voyager foi planejada para se aproveitar da rara disposição dos planetas exteriores nos passados anos 70 e 80 que permitiu um tour tetra planetário com consumo de combustível e tempo de viagem mínimo. Esse modelo de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, que ocorre a cada 175 anos, permitiram as espaçonaves utilizarem uma rota de voo particular se dirigir de um planeta ao outro sem a necessidade de grande utilização dos seus sistemas de propulsão. O sobrevoo de cada planeta curvou a rota de cada espaçonave e aumentou a sua velocidade o bastante para lança-la ao próximo destino. Usando essa técnica de "assistência gravitacional", primeiramente demonstrada com a missão Mariner 10 Vênus/Mercúrio da NASA em 1973-1974, o tempo de voo para Netuno foi reduzido de 30 anos para 12.
Enquanto a missão tetra planetária era considerada possível, era demasiadamente cara a construção de uma espaçonave que pudesse viajar essa distancia, carregar os instrumentos necessários e durar tempo o bastante para realizar uma missão tão longa. Por isso, as Voyagers foram idealizadas para conduzir intensos estudo de sobrevoos em Júpiter e Saturno somente. Mais de 10.000 trajetórias foram estudadas antes da escolha das duas que permitiriam os sobrevoos de Júpiter e sua maior lua Io, e Saturno com sua maior lua Titan; a rota de voo da Voyager 2 também preservou a opção de seguir adiante para Urano e Netuno.
A Voyager 2 foi a primeira a ser lançada em 20 de agosto de 1977, do Centro Espacial Kennedy da NASA, em Cabo Canaveral, na Florida. A Voyager 1 foi lançada em uma trajetória mais curta e rápida, em 5 de setembro de 1977. Ambas as espaçonaves foram colocadas em orbita abordo de um foguete descartável Titan-Centaur.